28 setembro 2007

Pesquisa - Associação dos Magistrados Brasileiros

Apenas 11% dos brasileiros dizem confiar nos políticos, e a instituição que tem a melhor imagem no país é o Supremo Tribunal Federal (STF), informa uma pesquisa publicada hoje pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Os políticos têm a desconfiança de 81,9% dos entrevistados e 16% dos entrevistados disseram confiar nos partidos políticos, uma qualificação levemente mais alta que a de seus representantes. Não souberam avaliar 7%. Os partidos não são confiáveis para 75,9% dos entrevistados, enquanto 16,1% confiam neles.

A falta de credibilidade da classe política reflete-se ainda no mau desempenho da Câmara dos Deputados e do Senado. De acordo com a pesquisa, 83,15 dos entrevistados não confiam nos deputados e 80,7% têm o mesmo sentimento em relação aos senadores. O Senado Federal, instituição que abriu nestes últimos meses diversos processos com seu próprio presidente, Renan Calheiros, recebeu a confiança de 14,6% dos brasileiros. A Câmara dos Deputados obteve uma nota inferior (12,5%), e o sistema judiciário alcançou os melhores resultados.

Dos entrevistados, 45,5% disseram confiar nos juízes, enquanto 52,7% respaldaram o STF. Segundo o estudo, 85% dos entrevistados acreditam que a corrupção pode ser combatida, enquanto 94,3% consideram que um político processado pela Justiça não deveria poder se candidatar.

Uma grande maioria dos entrevistados (95,4%) também considerou importante a realização de uma reforma política, um assunto que está em discussão há mais de quatro anos no Congresso.

Os entrevistados, em ampla maioria (94,3%), também consideram que um político processado na Justiça não pode concorrer às eleições. A reforma política foi considerada importante por 95,4% dos entrevistados.

No topo da credibilidade junto à população está a Polícia Federal, que tem a confiança de 75,5% dos entrevistados, seguida pelas Forças Armadas, com 74,7%.

A pesquisa foi feita de 4 a 20 de agosto, com 2.011 pessoas, em todos os Estados (todo o país), com distribuição proporcional à população.

FONTE: http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2007/09/27/ult27u63010.jhtm

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